tentando entender esse tal de twitter rs

Todo o dia quando abro o twitter vejo alguém reclamando da própria timeline. Todo dia, desde que criei uma conta há quase cinco anos (cinco anos!!! parece que foi ontem etc.). O que mais me choca nessas reclamações é que o *serviço de microblog*, desde que surgiu, veio com duas funções: follow e unfollow. Ou seja, você escolhe quem você vai seguir/ler. E você escolhe quem você vai parar de seguir/ler. Ou seja, parte dois: não há o menor sentido em reclamar de algo que você pode evitar com um simples clique.

“Ah, mas tem que ser diplomático, fazer a social”. Fazer a social só porque categorizaram o negócio como social media? Me poupe. Sem falar que você provavelmente não conhece pessoalmente metade das pessoas que você segue. E mesmo as que você conhece, se elas ficam sentidas porque você não quer ler o que elas escrevem é porque estão realmente pirando. Isso não significa que você não gosta delas, apenas que os interesses são diferentes (momentaneamente – neste caso, voltar a seguir não deveria ser uma prova do crime AHÁ VOCÊ ME DEU UNFOLLOW). Ou significa, sim, e é até melhor que elas fiquem sentidas e desapareçam de uma vez. Mas isso não vai ser o unfollow por si só que vai desencadear.

O fato é que as pessoas só reclamam. Reclamam das pessoas que vêem BBB; reclamam das pessoas que reclamam das pessoas que vêem BBB. Por que uma não deixa de seguir a outra durante o Big Brother e volta depois de terminado o programa? Não, é melhor reclamar de quem você, por livre e espontânea, resolveu seguir e não larga de jeito nenhum. E cá estamos nós no quinto BBB via twitter em que esses dois grupos escrevem a mesma coisa. Parece aquelas matérias da Globo em época de carnaval, São João e Natal: se eles reprisassem as fitas dos anos anteriores, ninguém ia perceber. Mas insistem em produzir de novo a mesma coisa.

Leal Awards 2011

Vi poucos filmes em 2011, a maioria em casa depois que quebrei o pé. Perdi dois brasileiros que queria muito ver, O Palhaço e Trabalhar Cansa, que ainda não estão disponíveis na pirataria tucana. Mas de tudo o que eu vi, esses foram os que se salvaram, porque ô ano ruinzinho pro cinema (americano principalmente) esse 2011. Alguns outros bons filmes ficaram de fora da lista porque não estrearam no Brasil ainda, depois faço uma cerimônia de premiação alternativa pra esses. Vamos lá, Leal Awards 2011:

Melhores Filmes

1. Melancolia

O fim da aventura humana na Terra. O final da odisseia terrestre. Pra muita gente, Melancolia foi só uma versão cinematográfica da música da Banda Eva. Pra mim (e pra outros tantos), é o melhor filme do ano por tantos motivos que nem vale a pena listá-los, porque é mais um filme de Lars von Trier em que ou você aceita ser manipulado ou não. Finalizo com outra citação baiana, de Maria Bethânia sobre Gita: “Essa canção me liberta. Toda vez que eu canto ela me liberta. Exorciza. Adoro cantar ‘Gita’. E adoro quando implicam com ela. Porque é bem a bandeira… de quanto eu gosto dela.”

2. O Garoto da Bicicleta

3. Ricky

As crianças, a língua francesa, a velocidade e o amor materno. É isso aí.

4. A Pele que Habito

Ainda não chega no nível de Tudo Sobre Minha Mãe e Fale com Ela nem das comédias oitentistas, mas é um ótimo recomeço pra Almodóvar depois de três filmes fracos. Mais não digo pra não estragar a surpresa das últimas 2 pessoas que ainda não viram.

5. Meia Noite em Paris

É o feel good movie do ano, uma hora e meia de sorriso.

6. Toda Forma de Amor

Apesar do lulusantismo do título nacional, adorei esse aqui. Tem Ewan McGregor no melhor papel dele em muito tempo, tem Christopher Plummer fazendo um gay simpático, tem Mélanie Laurent sendo linda, tem até cachorro que fala, óbvio que ia ser um dos meus filmes preferidos do ano.

7. Um Sonho de Amor

A burguesia fede, quer ficar rica, mas quer amar também.

8. Além da Vida

Depois de Chico Xavier e Nosso Lar, é um alívio ver um filme espírita pelas mãos de Clint Eastwood, que está mais interessado nas pessoas daqui do que nas de lá. Fazia tempo que não via um personagem tão interessante quanto o de Matt Damon.

9. Planeta dos Macacos – A Origem

O único blockbuster do ano que não era protagonizado por um super herói dos quadrinhos também foi o único que prestou. Tirando o personagem e a atuação de Draco Malfoy e a trilha sonora genérica, tudo funciona muito bem. Pra fechar com chave de ouro, ainda se dá ao luxo de, nos créditos finais, (SPOILER SPOILER SPOILER!!!!) fazer uma versão resumida e melhorada de Contágio.

10. As Canções

É, sim, um Coutinho “menor”. Mas Coutinho é tão grande que, mesmo perdendo alguns centímetros, ainda é muito mais alto que a média da população. O filme é tipo a versão musical de In Treatment – e isso é um elogio.

11. Missão Madrinha de Casamento

Eu ri muito. É o que basta.

Menções Honrosas

Cópia FielO Homem ao Lado, Splice – A Nova Espécie, a parte da família em A Árvore da Vida (e uns cinco minutos de universo, sem dinossauro), Ataque ao PrédioTudo pelo Poder, Namorados para Sempre

Melhor Ator

Ryan Gosling – Namorados para Sempre

Outros indicados:
Matt Damon – Além da Vida
Ewan McGregor – Toda Forma de Amor
Brad Pitt – A Árvore da Vida
Andy Serkis – Planeta dos Macacos – A Origem

Melhor Atriz

Kirsten Dunst – Melancolia

Outras indicadas:
Tilda Swinton – Um Sonho de Amor
Juliette Binoche – Cópia Fiel
Charlotte Gainsbourg – Melancolia
Kristen Wiig – Missão Madrinha de Casamento
Jessica Chastain – A Árvore da Vida

Melhor crítico

Inácio Araújo

Conciso, político, bem humorado, não é arrogante nem metido a besta. Escreve o necessário tanto em três linhas (nas críticas dos filmes da TV, na Folha) quanto num post grande de blog. Além de ter essa cara fofa.

Chegamos ao fim de mais um Leal Awards. Mas FIQUEM LIGADOS que mais tarde tem LEAL AUÓRDS com os piores do ano de 2011.